quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Música

Estas duas música eu gosto muito, tanto da letra quanto da melodia.

Bicho Homem
Baia & Rockboys

Composição: Indisponível

Máquinas de guerra e indumentária
Pra vestir o caçador que, em vez da fera, caça
A sua própria espécie que se encontra encurralada
Desgraça muita e porrada na lata,
Sem terra, enterrais na merda
E deixais quem berra na miséria, sede e fome
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Talvez por dinheiro um dia até explodirias
O mundo inteiro e eu queria ser teu travesseiro
Quando se vês apenas como mais um a chorar
Sempre em busca do prazer do ouro
Quem te interfere perde o couro
Mas te esqueces, teu tesouro é teu coração
E todo mal que o consome
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Bicho mau, bicho mau, bicho homem

Máquina de deuses inventados
Pra lutar contra diabos que o carregam
Pelos quintos do maior conto de fadas
Mascarado, sedutor, endiabrado
Enganas o mais pobre coitado
Que não percebe a grande máscara em que te escondes
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Tornando escassa nossa fauna e flora
E tudo o mais que tu exploras
Como uma cobra que devora o próprio rabo
Estás em busca do teu fim
Eu digo tudo isso por mim
Pressinto um futuro em que não haverá
Nem sombra de lembranças do teu nome
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Bicho mau, bicho mau, bicho homem

Fonte: http://letras.terra.com.br/baia-e-rockboys/255929/




Eus
Baia & Rockboys

Composição: Gabriel Moura/Mauricio Baia

Desde que eu nasci tô no conflito
Aflito pra saber porque
Com tanta gente que eu podia ser
Eu nasci eu
Perdido entre sentimentos bons
Pequenos delitos e contradições
Entre a luz e o breu

Molho o pão no café e levo fé
Que Deus é preto e fuma cachimbo
Nasce menino, cresce mulher
Vira fumaça, não tem destino
Brinca de roda, roda nos ventos
Dança na chuva, pois é um índio
E cai no frevo, dança bale
No que imagino
Em tudo o que há, Ele é

Mas eu não sou um só
Não sou só um
Eu também sou milhões de eus
Não sou Deus mas sou Eus

Pois sou eu quem acredita em mim
Sou eu quem me explico
Quando me complico
Eu mesmo atendo as minhas preces
Eu mesmo quem ouço
Os meus próprios gritos

Oh, brother!
Buscando a minha própria conclusão
Oh, brother!
Foi Eus quem quis assim
Oh, brother!
Eus é Deus dentro de mim... Graças a Deus



Fonte: http://letras.terra.com.br/baia-e-rockboys/395637/

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Macro ou micro gestão de problemas?

No último fim de semana fui para o Tibá.

Lá usamos uma técnica de agrofloresta chamada de ninho de fertilidade.




Construimos um novo ninho e fizemos a manutenção de alguns que já existiam.

Desta vez fomos eu, minha namorada, a prima da minha namorada, que tem aproximadamente 15 anos e estuda no CEPARL, um professor de Geografia do CEPARL que esta desenvolvendo um projeto de agrofloresta na escola e a namorada dele.

Além das técnicas de agrofloresta manejamos o composto produzido pelo banheiro seco e mostramos para o resto do grupo que não conhecia o Tibá as técnicas desenvolvidas lá como; o teto verde, as construções com terra e como bambu.




Foi muito gratificante ver como é possível mudar nossa forma de viver.

Há quem pergunte como seriam estas soluções em macro-escala.

Me pergunto se a questão não seria justamente mudar o foco da macro para a micro escala.

Poucas pessoas tentando gerir o "macro-problema" de milhões de pessoas.

Nosso problemas em geral estão na micro escala, no dia a dia, então porque pensarmos na macro economia, na mudança global do clima ao invés de pensarmos na economia do nosso bairro, na organizção da nossa rua, na própria produção de lixo?

Quando penso em um crise econômica global, ou na mudança global do clima ou nas questões geopolíticas internacionais me sinto simplesmente inútil e deprimido. Prefiro continuar tentando dar conta do meu pedaço, da minha contribuição para o mundo melhor, algo que esteja palpável.

A macro problematização para mim só afasta a possibilidade de reslver os problemas das pessoas.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Conhecimento, curiosidade ou necessidade?

As pesquisas científicas vem avançando de forma surpreendente.

Conseguimos chegar a Lua, enviar uma sonda para marte, criamos aparelhos formidáveis, além de teorias, conceitos, teses e tudo mais.



Estamos entrando na época da chuvas.

Nesta época, desde sempre chove bastante. E ruas são inundadas.



Além disso convivemos com problemas antigos como o acesso de bandidos às armas, o lixo que produzimos e o que faremos com ele, o analfabetismo e tantos outros que eu poderia listar.

Hoje convivemos com tecnologia de ponta e com problemas de ponta.

Por um lado existe o medo do conhecimento se submeter apenas a um utilitarismo mesquinho, e por outro de criarmos mais problemas para resolver, tendo tantos ao nosso lado, ou ainda o que eu costumo brincar como "este filosofismo de definir o definir, a epistemologia da epistemologia".

Será que, parafraseando Buda, existe um caminho do meio?

A produção do conhecimento acadêmico, muitas vezes está ancorada em laboratórios de pesquisa que seguem caminhos bem definidos que não se permite divagar em viagens de meros estudantes de graduação.

O conhecimento tradicional (Diegues), na maioria dos casos não de desenvolve a partir de análises de fora de sua comunidade, restringindo seu poder de abstração além daquilo que se vive.

Dialogar. Podemos e devemos dialogar.

Deixar o ego para trás e pensar no que queremos e como usaremos nosso conhecimento para viver melhor.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Consenso.

O que seria um consenso?

Existe uma definição que diz que consenso é uma conformidade de sentimentos;

Outra
ainda diz que: "O consenso se estabelece quando duas ou mais partes chegam a um ponto comum de decisão durante uma negociação "e ainda ilustra com esta figura:

Será que sempre é possível chegar a uma conformidade de sentimentos? Ou se chegar a um ponto comum em uma negociação?

Duas coisas me parecem importantes; a flexibilidade das partes e ao mesmo tempo clareza e sinceridade nas vontades de cada parte.

Acredito que se queremos viver em uma sociedade não opressora precisamos caminhar pelo consenso.

Quando se encara um problema, defender somente o seu lado e não considerar que é preciso conviver com vontades diversas provoca um nó que na minha opinião é a fonte de muitos problemas sociais.

O que é melhor para todos?

Não existe uma resposta pronta. A argumentação dos fatos deve ser balanceada com nossos sentimentos e emoções.

E por favor, como diria meu amigo Marimba "Não me venha com essa democracia dos destros."