quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Mundo fantástico.

Tive o privilégio de presenciar algumas crianças brincando na Moleque de idéias em um mundo fantástico.

Neste mundo existiam fadas, bruxos malvados que depois se transformavam e ficavam bons, era possível voar e encantar pessoas. Eu fui um dos que foram encandos.

A pureza era tão bela que me paralisou por alguns momentos e fiquei ali só observando.

Monteiro Lobato é um escritor que conseguiu passar para o papel um pouquinho deste mundo.



É interessante observar como as historias e o conhecimento interagem, para mim é como se dançassem a mesma música.

As historias, dançando com conhecimento transformam-se em comida que alimentam a fome chamada curiosidade.

Esta curiosidade nos faz buscar historias e vamos criando nossas próprias historias durante as diversas fases da vida que atravessando. Em algum momento, porém, o conhecimento é dividido.

Divide-se entre o conhecimento com status científico e não científico. Depois ele é dividido em áreas e sub áreas; matemática, história, geografia, historia infantil, juvenil, adulta e por ai vai.

A vida, contudo, acontece sem respeitar estes limites e nos propões desafios onde é necessário usar estes diversos conhecimentos integrados. É um trabalho em dobro, dividimos e integramos.

Não seria melhor que o conhecimento se desenvolvesse apenas a partir das proposições da vida?

Passamos boa parte do nosso tempo apenas para entender a divisão do conhecimento e o que é cada setor dele; o que é a matemática, o que é a geometria, ou o que é a geografia e o que é geografia física e humana, ou ainda o que é o conhecimento científico e conhecimento popular.

Será que pensando os problemas que se apresentam e o que precisamos saber para resolve-los ou pelo menos covivermos com ele não economizaríamos tempo e energia?

No mundo daquelas crianças não existe esta separação, existem acontecimentos, coisas que se sabe e que não se sabe, coisas que se poder fazer, criar, consertar e o mais belo para mim existe o direito de escolher e de acreditar. A magia é permitida, a felicidade também, existe o eu, o outro, o universo e nisso tudo tem o conhecimento. O que se sabe pode mudar. O que não se sabe, bem o que não se sabe pode ser ou não interessante quem quiser que procure saber...


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A comunicação.

As mudanças em relação a comunicação vem me surpreendendo muito.

Vivemos um tempo revolucionário neste sentido.

Hoje a expressão de nossas idéias e sentimentos pode ser feita de muitas formas.

Com isto surgem alguns fenômenos interessantes como a formação de redes de interesse nos espaços virtuais (blogs, comunidades do Orkut, listas de discussão em e-mail, etc.).

O dinamismo e mesmo a volatibilidade desta comunicação também são um fato marcante. Mas o que existe realmente é a possibilidade (desde que se consiga utilizar as ferramentas, que em alguns casos já é a limitação) de expressão.

Muito do que aprendi sobre Permacultura e Agroecologia e outros assuntos não correntes em salas de aula foi por meio destas formas de comunicação.

Por outro lado as informações que circulam são estremamente brutas e tem necessidade de lapidação. As pessoas escrevem muitas vezes descompormissadas com o que estão escrevendo e até com a forma que escrevem, acho que isso é que me dá uma sensação de volatibilidade nestes ambientes.

Um dos aplicativos do Orkut, o Buddy Poke permite que você crie um personagem. Este personagem interage com outros, brincando, namorando, agredindo. Hoje é possível fazer carinho virtual através deste aplicativo.

Eu mesmo já criei um blog e três comunidades no Orkut e participo de várias listas de e-mails.

Acredito que boa parte desta comunicação é passiva, ou as pessoas participam mas não atuam nem realmente se envolvem com tudo que participam. Eu mesmo faço parte de várias comunidades das quais nunca participei de nenhuma discussão e fico chateado quando quero discutir algo em alguma comunidade e ninguém responde.

Mesmo assim, acho interessante as possibilidades que se abrem para fluir o pensamento e integrar redes de conhecimento.