terça-feira, 14 de agosto de 2007

Na estrada da Moleque

Na moleque é assim, a cada dia situações novas acontecem.

E não existe roteiro, metodologia ou cartilha que de conta de tudo que pode vir a acontecer.

Os únicos pré-requisitos básicos para mim são, amor, criatividade, flexibilidade sem deixar de ser firme e observações das situações, porque apesar de não serem muito repetitivas, cada experiência te nutre para encarar os próximos desafios de fomentar o aprendizado no ambiente.

A avaliação sincera admite o que foi registrado e o que aconteceu e possivelmente não foi registrado, ambos são importantes, que se buscar um equilíbrio e refinar cada vez mais a percepção sobre os processos de aprendizado.

Como a Leila diz "devemos , pelo menos, não atrapalhar o aprendizado...".

Permitir a mudança, a construção de todos e de si mesmo...buscar uma essência para este trabalho é como tentar sentir e descrever a textura do espírito, implicitamente faz muito sentido, mas vai explicitar!!

2 comentários:

BERNARDO SCHLAEPFER disse...

Boa Mateus. A título de contribuir com sua experiência com esses moleques cheios de idéias, que eu tb amo, proponha-se a um acordo base consigo mesmo:
- A experiência com a aprendizagem é ... uma aprendizagem e, tal como ela, trata-se de uma construção dinâmica e caótica, impensável na perspectiva de sua apropriação definitiva - a aprendizagem é, em si, inconclusiva. Isso é a base da libertação fundamental frente a todo e qq conceito advindo dos outros, e de vc mesmo. Proponha-se, portanto, a essa reflexão:
- O estranhamento é a atitude fundamental / original de todo o educador, a partir de si mesmo, claro. Estranhe os outros e a vc tb. Sempre. Isso não significa que não podemos firmar posições, conceitos, etc acerca das coisas, acerca de nós mesmos. Mas significa que somos livres para pensar, para revolucionar, para mudar o que firmamos e conceituamos há pouco. Essas afirmações, por exemplo, as faço com a certeza de que as estranharei em seguida, para minha tranquilidade e desespero dos outros.
Como qq relação entre dois corpos agentes, tipo duas pessoas, não há possibilidade de um não "atrapalhar" o outro, conforme é citado no seu texto, por exemplo. Tirante a retórica, a experiência da aprendizagem é em si um ato político, um ato de acordo e poder entre duas pessoas, onde não cabe a isenção nem o "liberalismo" de deixar rolar a coisa pra ver como é que fica. A simples orientação de um mestre a um aluno é uma orientação, uma intervenção, uma canalização de experiência em detrimento de outras tb possíveis. A ação do mestre mais liberal e revolucionário frente ao seu aluno é uma ação real de intervenção de um ser na realidade e experiência do outro. Portanto, em dada situação real de aprendizagem, estranhe e proponha aos alunos, e a você mesmo, o seu próprio contraditório, isto é, construa com os alunos a partir das conclusões construídas por vcs a partir dos conflitos dos contrários trabalhados por vcs mesmos.
E estranhe em seguida os resultados. Sempre.
Valeu !
BE

Mateus disse...

Bernardo, adorei seu comentario vou refletir muito sobre ele..