sexta-feira, 14 de maio de 2010

"Aquele que ensina"

Antigamente a aprendizagem acontecia de forma diferente.

Pelo menos em algumas área, não se utilizava uma estrutura hieraquizada e produzida para o aprendizado de um "conteúdo".

Se alguém queria ser um marceneiro ou sapateiro ou outro ofício qualquer, essa pessoa procurava uma pessoa mais experiente no assunto, ou um mestre e o acompanhava em sua rotina.

A prática e a observação de uma pessoa fazendo era a base da aprendizagem e a técnica se desenvolvia de forma natural e adaptada às condições de cada um.

As intituições de ensino criaram o papel do professor ou "aquele que vai ensinar um conteúdo a outros que não sabem".

O que se vai aprender não está mais relacionado com o que se quer aprender e o para que se vai aprender.

Os próprios professores muitas vezes não praticam ou utilizam o conteúdo que "ensinam".

Enquanto as questões aparecem na vida de forma real, e transdisciplinar, demandando conhecimentos, as instituições tratam o conhecimento de forma fragmentada e desligada com o mundo real.

O conhecimento se torna virtual, sem consistência, e serve desta forma para a construção de um "curriculo", que legitima o conhecimento que teria sido desenvolvido e mantém um status de "conhecedor", formado no ensino médio, ou geógrafo, ou engenheiro.

Quando se consegue um trabalho real temos que aprender, através da prática e da observação como se faz.

É um sistema que gasta energia e torna o aprender muito mais demorado, ineficaz e muito menos prazeroso.

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