Antigamente a aprendizagem acontecia de forma diferente.
Pelo menos em algumas área, não se utilizava uma estrutura hieraquizada e produzida para o aprendizado de um "conteúdo".
Se alguém queria ser um marceneiro ou sapateiro ou outro ofício qualquer, essa pessoa procurava uma pessoa mais experiente no assunto, ou um mestre e o acompanhava em sua rotina.
A prática e a observação de uma pessoa fazendo era a base da aprendizagem e a técnica se desenvolvia de forma natural e adaptada às condições de cada um.
As intituições de ensino criaram o papel do professor ou "aquele que vai ensinar um conteúdo a outros que não sabem".
O que se vai aprender não está mais relacionado com o que se quer aprender e o para que se vai aprender.
Os próprios professores muitas vezes não praticam ou utilizam o conteúdo que "ensinam".
Enquanto as questões aparecem na vida de forma real, e transdisciplinar, demandando conhecimentos, as instituições tratam o conhecimento de forma fragmentada e desligada com o mundo real.
O conhecimento se torna virtual, sem consistência, e serve desta forma para a construção de um "curriculo", que legitima o conhecimento que teria sido desenvolvido e mantém um status de "conhecedor", formado no ensino médio, ou geógrafo, ou engenheiro.
Quando se consegue um trabalho real temos que aprender, através da prática e da observação como se faz.
É um sistema que gasta energia e torna o aprender muito mais demorado, ineficaz e muito menos prazeroso.
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