domingo, 17 de janeiro de 2010

Relatórios e reflexão, o que aconteceu em 2009?

2009 é um ano que parece ainda não ter terminado.

Escrevi os relatórios de algumas crianças com quem trabalhei e neste momento estou escrevendo o relatório do Raizes e Frutos .

Meu trabalho deste ano foi bem intenso, muita emoção, aprendizado e superação.

Estou bem feliz tanto com os resultados do trabalho quanto das perspectivas que se abriram.

Algumas coisas ficaram marcadas para mim:

Como alcançar a autonomia? É um processo profundo de reconstrução, pois nossa vivência nas instituições de ensino em geral inibem o desenvolvimento desta qualidade. Desejar que o outro se torne autônomo, ajudá-lo a conseguir se tornar autônomo já é uma condição paradoxal. Eu prefiro a autonomia, mas existem aqueles que preferem se esconder se submetendo a uma autoridade que dirá o que tem que ser feito. É muito mais cômodo criticar a autoridade do que assumir uma responsabilidade, pelo menos aparentemente.

Como trabalhar coletivamente? Conciliar emoções, opiniões e formações diversas em uma equipe de trabalho é um grande desafio. Abrir o grupo a entrada de novos integrantes sem critério? Deixar que cada um cuide do que bem entender? Ou definir um plano de trabalho flexível e integrar novas pessoas ao grupo de forma criteriosa? O trabalho coletivo para mim é importante e na minha opinião a liberdade significa acima de tudo responsabilidade por isso quem quer trabalhar junto precisa saber com o que e com quem pode contar.

O ano de 2010 ainda é para mim um mistério. Visualizei alguns caminhos e outros já comecei a trilhar, mas tenho a sensação de que meu trabalho este ano será bem diferente, com mais responsabilidade, mais frutos e transformações.

Enquanto eu puder o meu trabalho será direcionado para atingir meus sonhos de ver um mundo melhor, e o meu instinto diz que eu vou conseguir viver trabalhando desta forma, por mais difícil que isso venha a ser.

Um comentário:

BERNARDO SCHLAEPFER disse...

..e não dá mesmo pra sermos diferentes do que somos, mesmo se quizéssemos. Em cada parte, o todo de tudo, da ética e da não ética. E nesse todo suas partes. "Não vai dar, não vai dar tempo / de viver, outra vida / posso perder o trem" letra de Ana C Cesar, música do BE.